Aniversário do Movimento Constitucionalista de 1932.
Frente Leste ou do Vale do Paraíba
Foi a frente principal para os revolucionários.
Suas tropas combateram entre as serras da Mantiqueira e do Mar, de
Guaratinguetá para o norte, até a fronteira São Paulo – Rio. Eles atuaram ao
longo da ferrovia e da antiga rodovia Rio - São Paulo, integrando a 2ª DIO –
Divisão de Infantaria em Operações, ao comando do Coronel Euclides Figueiredo. Nesta
região, os constitucionalista perderam várias posições estratégicas e tiveram que abandonar diversas cidades.
Cunha/SP, encravada entre a serras do Mar e Bocaina, foi dominada pelos
fuzileiros navais, que desembarcararm em Paraty, no estado do Rio de Janeiro, e
subiram a Serra do Mar através da Estrada Real e cruzaram a divisa com São
Paulo e na ocasião, o soldado paulista Paulo Virginio foi aprisionado pelos
fuzileiros de Vargas e obrigado a cavar a própria cova antes de ser friamente
executado. O trecho da Estrada Real que liga Guaratinguetá/SP à Cunha/SP, e
depois desce até Paraty/RJ, recebeu o nome de rodovia Paulo Virginio no trecho
localizado dentro do território do
estado de São Paulo.
Em Silveiras/SP, os paulistas chegaram a derrotar
as tropas governamentais no início de setembro. Terminada a revolução, Vargas
nomeou um novo interventor federal para São Paulo, Valdomiro Castilho de Lima.
Os líderes constitucionalistas, 77 no total, foram presos e levados ao Rio de
Janeiro. Alguns foram enviados de lá para Portugal. Em 1995, o
governo publicou a Lei Federal nº 9.093/95, que autorizava cada Estado a adotar
uma "data magna", ou seja, uma data importante para sua história.
Em 1997, o então governador Mário Covas escolheu o dia 9 de julho e, com
a Lei nº 9.497, institui feriado estadual nesta data. Todo dia 9 de julho São
Paulo festeja O "Dia do Soldado Constitucionalista", mas o dia 23 de
maio de 1932 também foi determinante para os revolucionários. Foi neste dia que
o povo saiu as ruas, com o objetivo de lutar pela constituição, e é também o
dia que se comemora o "Dia da Juventude Constitucionalista".Ele
lembra a participação dos jovens no movimento e, principalmente, os quatro
estudantes vítimas da repressão simbolizados na sigla MMDC.
A participação dos Escoteiros na revolução
constitucionalista foi a mais ampla possível. Servindo a Cruz Vermelha
Brasileira nos hospitais, entregando mensagens, atuando nas atividades de
logística e, inclusive, apoiando os homens na frente de batalha. A luta em
favor da democracia orgulhou o próprio fundador do movimento escoteiro que
elogiou os esforços e o espírito escoteiro de nossos rapazes.
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