terça-feira, 25 de outubro de 2011


Etapas de Formação
As etapas de Noviço, para fazer a Promessa e conquistar o distintivo escoteiro são as
seguintes:
1. Fraternidade Escoteira
1.1 - Conhecer a História da vida de Baden-Powell;
1.2 - Fazer a Saudação, dizer o Lema, dar o aperto de mão, conhecendo o significado;
1.3 - Entrar em forma obedecendo aos sinais manuais;
1.4 - Conhecer a organização do Escotismo em Nível Local;
1.5 - Conhecer a estrutura de uma Tropa Escoteira;
1.6 - Conhecer o uniforme ou o traje e os distintivos do Ramo Escoteiro.
2. Segurança
2.1 - Conhecer e aplicar as regras de segurança em casa, na sede, na rua e numa excursão;
2.2 - Conhecer e aplicar os cuidados de higiene pessoal.
3. Comunidade
3.1 - Saber cantar sozinho ou em coro o Hino Nacional;
3.2 - Saber preparar, hastear e arriar a Bandeira Nacional;
3.3 - Conhecer o significado de Economia.
4. Ar Livre
4.1 - Conhecer a indumentária e o equipamento necessário para uma excursão e um acampamento
sabendo arruma-lo em uma mochila;
4.2 - Saber distinguir o que seja acampamento, acantonamento, bivaque, jornada e excursões.
5. Técnicas Escoteiras
5.1 - Saber fazer os nós direito, escota, escota alceado e correr, conhecendo sua utilização;
5.2 - Conhecer as funções dos membros da patrulha na sede e no campo.
6. Comunicação
6.1 - Apresentar, ao mesmo tempo para seus pais e chefe de Tropa, a história de seu Grupo
Escoteiro e a estrutura de sua Tropa Escoteira.
7. Valores
7.1 - Ter consciência do que são valores;
7.2 - Conhecer, interpretar e aplicar o conteúdo da Lei e da Promessa Escoteira;
7.3 - Conhecer os princípios básicos de sua religião.
Observação: Esta etapa é a última a ser conquistada.1.1 - Vida de Baden-Powell
Em 22 de fevereiro de 1857 nascia em Londres, Inglaterra, Robert Stephenson Smith BadenPowell. Filho do pastor e professor H. G. Baden-Powell, ficou órfão de pai aos 3 anos de idade e
assim coube a sua mãe, Henriette Smith, a tarefa de criar 7 filhos, o mais velho com 13 anos e o
mais novo com apenas um mês.
Baden-Powell, nos seus primeiros anos de
vida, experimentou uma sadia educação que
certamente se refletiu no Movimento que mais tarde
criou. Suas primeiras lições foram ensinadas por
sua mãe, que inspirou-se nos métodos adotados
pelo finado marido na educação dos filhos mais
velhos. O Professor Baden-Powell habitualmente
ensinava seus filhos fora de casa, onde quer que
fosse, através dos recursos naturais, usando plantas,
animais e a natureza como um todo. Em casa,
franqueava-lhes sua biblioteca para que
pesquisassem e discutissem com ela as dúvidas
porventura surgidas.
Baden-Powell cresceu numa família sadia e, em
1870, ingressou no Colégio de Chartehouse com
uma bolsa de estudos, onde não foi um aluno
brilhante, mas extremamente criativo e investigador. Era popular e tomava parte de todas as
atividades colegiais, como teatro, desenho, música e futebol (como goleiro da equipe do colégio).
Foi no colégio que desenvolveu seus dotes teatrais, representando para os colegas, reconhecendo
mais tarde o grande valor educacional desta prática.
No bosque, junto ao colégio, BP iniciou suas experiências como explorador, rasteando
animais e descobrindo por si mesmo maravilhosos elementos da natureza. Posteriormente, com seu
irmão, iniciou-se nas atividades marítimas, chegando a viajar num barco montado com tonéis até a
costa da Noruega.
Pretendendo matricular-se na Universidade de Oxford, não o conseguiu, todavia. Mas a
abertura de um concurso para aspirantes do Exército deu-lhe uma oportunidade e o jovem BadenPowell foi classificado em 2º lugar na Cavalaria, numa turma de 700 candidatos. Estava aberto o
caminho para sua vida de aventuras e glórias.
Como militar, em 1876, foi designado para servir em Bombaim no 13º Regimento de
Hussardos (R. H.). Durante sua passagem pela Índia, BP dedicou-se em elevar a qualidade de vida
dos soldados, propiciando-lhes mais lazer e atividades recreativas, considerando o soldado como
um indivíduo em constante evolução, que deveria desenvolver permanentemente suas capacidades.
Durante dois anos, na Índia, ocupava seu tempo livre desenhando em seu bangalô, atraindo os filhos
dos oficiais, a quem ensinava desenhar, assim como canções e
jogos.
Após este tempo BP adoeceu e foi mandado à Inglaterra,
em licença para tratamento da saúde. Restabelecido retornou à
Índia, onde, por seus talentos, perspicácia e qualidades de
explorador, foi promovido a Capitão, com idade de 26 anos.
Em 1884, as agitações da áfrica do Sul determinaram a
transferência do 13º R. H. para a terra dos Bechuanas e novo
teatro de aventuras se descerrou para Baden-Powell. Serviços de
exploração e vigilância foram-lhe confiados. Nas horas de
descanso identificava-se com a terra, empreendendo caçadas,
excursões, reconhecimentos.
No ano de 1886 foi o 13º R. H. recolhido à Inglaterra.
Baden-Powell aproveitou a ocasião para visitar a Rússia,
Alemanha e França.No posto de major, servindo no Estado-Maior, voltou à África em 1888, a fim de tomar parte
na luta sustentada contra os Zulus. Durante um curto período de férias, fez uma excursão pelo
Mediterrâneo e Europa Central, voltando a seu Regimento, então na Irlanda, no ano de 1893.
As tropas inglesas da Costa do Ouro, entrando em guerra contra os Achantes, necessitavam
de seus serviços. É novamente enviado à África, pacificando a região em 1896. No mesmo ano, em
junho, participa, como Chefe do Estado Maior, da campanha contra os Matebeles, o que considera
ser “a maior aventura da sua vida”.
Após 21 anos de serviço nos Hussardos, foi promovido ao posto de coronel, que lhe dá o
comando do 5º Regimento de Dragões da Guarda, na Índia.
Em 1899 foi novamente enviado à África do Sul, onde sua maior glória foi a defesa de
Mafeking, quando dispondo de 1.213 homens resistiu durante 217 dias ao cerco feito por 6.000
Boers, até que recebesse reforços para romper o sítio. Na falta de homens, BP utilizou jovens em
funções como estafetas, sinaleiros, enfermeiros, etc. A forma positiva como os jovens responderam
à confiança depositada marcou BP, que recolheu ali a semente que cultivou durante sete anos em
experiências cada vez melhores.
Graças aos seus feitos na vida militar, agora como General, Baden-Powell tornou-se herói
em seu país. De volta a sua pátria, BP encontrou meninos utilizando em suas brincadeiras um livro
que ele havia escrito para militares – “Aids to Scouting”, que continha ensinamentos sobre como
acampar e sobreviver em regiões selvagens.
Em 1907 assentou as bases do Escotismo. Daí em diante constitui sua preocupação
principal. Para dedicar-lhe todo o tempo pede demissão do Exército em 1910, percorre o mundo,
visita à Ásia e a América, incentiva o movimento, organiza associações.
Em 1912, BP casa-se com Olave St. Clair Soames, que veio a tornar-se a grande
incentivadora do escotismo para moças.
Durante a Grande Guerra provou o valor da instituição que criara. E em 1919 instalou o 1º
curso de chefes no Campo-Escola de Gilwell Park, que é a fonte de toda a Formação de Chefes.
Em atenção aos relevantes serviços prestados à juventude mundial, com a criação de seu
notável sistema de educação, na primeira concentração mundial escoteira, realizada em 1920, em
Olímpia (Londres), Baden-Powell foi aclamado “Chefe Escoteiro Mundial”, pelos chefes escoteiros
das nações que já tinham adotado o Escotismo, ali presentes. Foi mais uma expressão de caráter
mundial do Escotismo, sendo o título, entretanto, de caráter todo pessoal, extinguindo-se com a vida
do grande educador.
Não sendo de família nobre, recebeu Baden-Powell, por seus serviços à Nação, o título “Sir”
e, em 1929, na maioridade do Escotismo, foi agraciado com o título de “Lord”, por sua dedicação à
causa da juventude, escolhendo Gilwell para esse título.
Mais de 80 anos de constantes exemplos das virtudes escoteiras fizeram de Baden-Powell o
Chefe. Passou os últimos dias de sua vida na áfrica, falecendo em 8 de janeiro de 1941, em Nairobi,
Quênia, ao pé do monte Kilimanjaro, onde se acha sepultado.
1.2 - Saudações, Lema, Aperto de Mão e Sinais Escoteiros
Sinal Escoteiro
O sinal escoteiro é feito com os dedos indicador, médio e anular estendidos e unidos,
permanecendo o polegar sobre o dedo mínimo. Os três dedos estendidos representam as três partes
da Promessa Escoteira. Os outros dedos se apóiam, o maior sobre o menor, simbolizando que
mesmo os escoteiros mais distantes são unidos e que o forte defende o mais fraco.
Sinal de Promessa
O Sinal de promessa é feito elevando-se à altura do ombro, com o antebraço
dobrado e a mão direita formando o Sinal Escoteiro.
O Sinal de Promessa é usado apenas na cerimônia de promessa.Saudação Escoteira
Todos os membros do movimento escoteiro fazem a
saudação uns aos outros, quando se encontram pela primeira
vez ao dia. O primeiro a ver o outro é o primeiro a saudar,
independente do cargo, graduação ou classe.
Os escoteiros fazem, também, a saudação para
cumprimentar autoridade e durante as cerimônias de
hasteamento e arriamento da Bandeira Nacional. Quando o
Hino Nacional é tocado e não cantado, também, fazemos a
saudação escoteira. Quando é tocado e cantado, ficamos
somente em posição firmes.
Na saudação, a posição dos dedos é igual ao sinal de
promessa, mas a mão toca ligeiramente a fronte do lado
direito.
O Aperto de Mão
Parece estranho que os escoteiros se
cumprimentem com a mão esquerda, não é? No entanto, o
significado é que um escoteiro confia no outro escoteiro.
Isto se deve a uma passagem da vida de BP: certa vez, ao
estender a mão direita para um chefe de uma tribo africana
surpreendeu-se, quando o indígena estendeu a esquerda
para cumprimenta-lo. Depois o chefe deu a BP a seguinte
explicação: aqui os grandes guerreiros se cumprimentam com a mão esquerda, largando para isso o
escudo. Assim deixam claro a sua coragem e confiança que depositaram no outro, mesmo que este
seja o adversário. Entre nós, os guerreiros são homens de honra e os homens honrados são sempre
leais.
O Distintivo de Promessa
O símbolo escoteiro é a Flor-de-lis que aponta o Norte nos mapas e nas bússolas. Mostra o
caminho do cumprimento do dever e da ajuda ao próximo. Suas
três folhas, também, lembram os três itens da promessa.
Em 1907, no primeiro acampamento escoteiro do mundo, a
Flor-de-lis apareceu pela primeira vez simbolizando o ideal do
Escotismo. Uma Bandeira, toda verde, tendo no centro a Flor-delis na cor amarelo-ouro, sendo hasteada junto com a bandeira
Inglesa, durante todo o acampamento. Hoje a Flor-de-lis representa
o Escotismo, identificando todos os países que pertencem à
Fraternidade Mundial. A fim de distinguir uma nacionalidade da
outra, muitas vezes, o emblema nacional é colocado junto a Florde-lis. No Brasil, o Selo da República, com o círculo de estrelas e
o Cruzeiro do Sul é usado para esse fim. Sob a Flor-de-lis há uma
faixa com o nosso lema: Sempre Alerta! Sob a faixa, ou listel, já
um nó. Seu objetivo é lembrar a boa ação diária, que você deve
fazer em benefício de alguém, sem outra recompensa que a de
sentir-se útil.
O Lema
O nosso Lema é: Sempre Alerta!
Significa que você está sempre preparado, atento, física e mentalmente para cumprir o dever
para com Deus, a Pátria e o Próximo.Saudação da UEB
O grito de saudação da UEB é a exclamação “Anrê! Anrê! Anrê!” repetida três vezes,
levando  a cobertura ou a mão direita com o punho cerrado a cada palavra pronunciada, em resposta
a três comandos por apito (a letra “A”, em código Morse), ou às palavras “Pró-Brasil”.

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